A caminhada se iniciou na própria sede do sindicato até a frente do Hospital São Paulo, onde muitas falas representativas e reinvidicações foram proferidas.
A paralisação vai de contra ao regimento interno do HU-HSP, além de trazer outras pautas que abrange uma série de posicionamentos e exigências, como:
– Condições mais dignas de trabalho com abertura e manutenção de copas e áreas de descompressão;
– Contra o assédio moral de outros funcionários e principalmente da SPDM;
– Por respeito à autonomia da Comissão do APH e;
– Pela representação da SINTUNIFESP em cadeiras no Conselho estratégico do HU (SINTUNIFESP, Tae’s e Diretoria de Enfermagem).
O atual Coordenador Geral da Sintunifesp, Rodrigo Bizacho, diz que o atual reitor da Unifesp, o Nelson Sass, “entregou de bandeja o Hospital São Paulo para a SPDM administrar da forma como ela quiser. Então, é um dinheiro público, um dinheiro do SUS, sendo utilizado por uma empresa privada, uma OSS”.
Ou seja, “o reitor, que é quem representa e é o verdadeiro chefe dos servidores técnico- administrativos, do HU e da Unifesp, não tem cumprido o seu papel”, tendo se afastado cada vez mais das suas obrigações e promessas democráticas de quando o reitor foi eleito.
É urgente que as pautas decididas pela SINTUNIFESP sejam atendidas e que tenha cadeiras no Conselho Estratégico para maior participação nas definições estruturais do HSP. Outro ataque da recente gestão do hospital foi a quase retirada do regimento, das eleições da Direção de Enfermagem, algo que fora evitado pelo sindicato mas que ainda não teve efetiva aplicação.
Sabe-se que os profissionais da saúde são os mais suscetíveis ao adoecimento, devido à grande aproximação entre pacientes e servidores, contudo, no Hospital São Paulo, os funcionários que precisam de atendimento médico imediato são encaminhados a outras unidades de saúde como UPAs e Postos de Saúde, tornando sem sentido e negligente a forma que a diretoria trata seus servidores.
Portanto, a paralisação também solicita a substituição da diretoria e coordenação da saúde do trabalhador, NASF e SESMT. Tal procedimento provoca uma indignação, pois, há relatos de servidor que às 03 (três) horas da madrugada, ao se encontrar doente, não teve atendimento médico e foi redirecionado a outra unidade de saúde. Esse é um dos exemplos. Um absurdo que precisa ser urgentemente resolvido e solucionado.
São muitas as deficiências que os servidores estão enfrentando no Hospital São Paulo, a auxiliar de enfermagem Diva Teixeira, em entrevista, disse que a paralisação é imprescindível devido à “falta de medicamentos, insumos, materiais de preparo e condições dignas de trabalho”, o que faz o servidor improvisar e prejudica a saúde física e mental do trabalhador.
O auxiliar de enfermagem Willamy Amaro, o qual participa da atual Coordenação de Políticas Públicas da Sintunifesp, diz que a paralisação tem como principal objetivo “mostrar à SPDM que os servidores técnicos administrativos concursados não são funcionários dela”.
Outras denúncias feitas por Willamy retrata as atuais condições do Hospital São Paulo, onde a SPDM vêm “esvaziando nos últimos 7 (sete) meses seus quadros de funcionários, mandando embora funcionários de todas as áreas: da enfermagem, da fisioterapia, assistência social”, dentre outras, “esvaziando o hospital, sua folha de pagamentos, e usando os servidores públicos para seus fins privados”, sobrecarregando o trabalho dos profissionais concursados.
A organização da SINTUNIFESP vêm discutindo há meses essas e demais questões e continuarão lutando pelos seus direitos de condições de trabalho ideais.
A organização sindical se coloca à disposição para conversar e aplicar estas melhorias tão logo. Caso contrário, outras paralisações e ações se farão necessários para o bem estar dos trabalhadores do Hospital São Paulo e, consequentemente, também para os pacientes e a saúde geral da população.
Confira abaixo mais fotos do dia da Paralisação. A SINTUNIFESP é casa do trabalhador da Unifesp, cadastre-se, participe e junte forças para maiores conquistas dentro do Hospital São Paulo.